Por que Livros ruins vendem tanto?



A primeira pergunta que se deva ser feita é; qual o papel da Literatura? Formar cidadãos críticos? Entreter? Emocionar? Trazer a luz assuntos de relevância?
A outra pergunta seria; o que os leitores buscam quando leem histórias? Os piores comentários acerca dos livros com temáticas Eróticas (inclua aqui os títulos com CEO), ou assuntos ligados a favelas (a exemplo das histórias de “O dono do Morro” e companhia), partem de forma quase que totalitária justamente daqueles que produzem literatura. A frustração quase sempre é a fonte. Aquela invejinha nada branca (que nem acredito que exista). O que explicaria o grande sucesso de livros que falam de minorias sociais e de realidades tão reais é a verossimilhança, a identificação do leitor com essas histórias (ou o simples prazer mesmo). O Brasil é um país de grandes abismos sociais (de múltiplas riquezas também). A maior parte do público leitor de autores Nacionais são jovens entre 13 e 30 anos e buscam geralmente títulos chamativos, histórias que trazem realidades próximas a sua vivência, logo a parcela de escritores que trazem esses temas conseguem grande êxito e conquistam uma legião de seguidores. Você alguma vez se questionou o motivo pelo qual histórias (Fanfics) como Selena Gomes e Faustão, ou Ana Maria e Shawn Mendes tornaram-se febre nas plataformas virtuais entre os adolescentes? De certo modo a leitura de livros de Youtubers (que vendem milhões) não beneficia também aos escritores que produzem outros tipos de gêneros Literários? (Seguindo pela lógica de que o leitor jovem de hoje será o mesmo que irá pegar gosto pela leitura e continuará consumindo livros amanhã) A literatura produzida no país é tão boa quanto a quem vem importada e o conceito de o que é algo ruim e bom adquire múltiplos significados em face do público leitor. Não há como julgar livros pelos seus títulos sem os ler (e é isso que vem acontecendo, sempre). Livros “ruins” que vendem tanto possuem aquele “Tempero” que pode estar faltando na sua escrita. Aquela escrita fluída e sem rebuscamentos. Aquela realidade dura e que se aproxima do meio social ao qual pertence o leitor (que muitas vezes é jovem e sente a necessidade de ser entendido e representado (estamos na era da visibilidade, olha a Andreia Evaristo, autora Nacional, que possui uma legião de leitores muito jovens). Talvez sua história que esteja classificada no tópico “ruim” e você ainda não se deu conta. Um ditado diz que quando apontamos um dedo para criticar alguém, outros 4 apontam para nós. Outro ponto que merece destaque é um hábito comum entre Escritores novatos; o de se divulgarem entre os seus pares (seja em grupos ou perfil pessoal). O certo é buscar os grupos de pessoas que realmente leem (somente leem de forma despretensiosa, sem competição e sem egos inflados). É polêmico dizer que temos uma realidade de escritores que não leem. Porém ela é real. É um fato. (Assunto para um outro post). A critica negativa quando é muito gratuita diz mais sobre quem a profere do que para quem é dirigida. E causa sempre a repulsa. Para Refletir.
Adriano Silva

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