DIA DO AUTOR - LUISA ARANHA - ENTREVISTA

Vamos conhecer um pouquinho mais da autora de Valeu, Universo!, Luisa Aranha. O livro será lançado na XVIII Bienal do Rio de Janeiro! 

O Que te motivou a começar a escrever?
Antes de começar a ler e escrever eu já gostava de inventar histórias. Sabe aquelas crianças que tem milhões de amigos imaginários e vivem várias aventuras? Era eu... E contava minhas aventuras como se todas fossem reais.

Depois de ser alfabetizada as melhores aulas sempre foram as de produções textuais. Enquanto todo mundo odiava fazer redação eu adorava. Escrever, para mim, sempre foi algo, instintivo.

Na adolescência os diários e cartas de amor ganharam sua vez. Foram esses diários e cartas que me inspiraram a escrever meu primeiro romance em 2005, que só foi publicado em 2010.



O que me motiva a escrever são as história da vida. 
Quanta coisa acontece na nossa volta, que um olhar mais atento capta e transforma em uma boa história? Quantos casos de amor vivemos ou as pessoas a nossa volta vivem que dão lindos livros? A inspiração está no cotidiano, na vida, nas pessoas a minha volta. 


Fale um pouquinho sobre o seu livro e o que os leitores podem esperar dele.
Valeu, Universo! É uma comédia romântica escrita em forma de diário. Os dois protagonistas se conhecem no início do livro e vão deixando suas impressões sobre o que acontece com eles nas páginas dos seus diários. O grande problema é que o Universo parece ora conspirar a favor deles e ora contra, dando sempre uma reviravolta no que parece que vai decolar.

Tanto Lia, quanto Theo são confusos e tem seus momentos, mas a história toda se desenrola sobre amadurecer, perceber os erros e encarar as consequências de suas decisões.

Os leitores podem esperar boas risadas, algumas lágrimas e momentos intensos de querer enforcar os protagonistas (ou a autora, ai depende!).


Se inspirou em alguém na criação dos personagens?
Eu sempre me inspiro em pessoas reais. Que conheço pela vida a fora. Acho que todas as minhas personagens femininas carregam um pouco de mim e de minhas amigas. E os masculinos, com certeza são inspirados em homens que conheci.

Qual o seu livro e autor preferido?
Cem anos de solidão do Gabriel Garcia Marquez. Mas não posso deixar de citar que quem me inspirou a escrever histórias da vida real foi Marcelo Rubens Paiva e seu Feliz Ano Velho.


Sua família te apoia na escrita?

Sim... apoiam bastante. Minha filha mais velha (que tem 20 anos) é minha leitora beta sempre. Meu marido meu melhor vendedor (esgotou uma tiragem vendendo meu livro de contos no trabalho) e minha mãe uma tiete incurável (mas mãe não conta, né?)


Você possui algum ritual na hora da escrita?
Gosto do silêncio, de estar sentada no meu escritório e com um chimarrão junto. Mas já escrevi fazendo xixi em banheiro publico e no meio de engarrafamento porque não podia perder a ideia.


Se você pudesse se descrever em apenas duas palavras, quais seriam?
Divertida e sincera.

Quem é você quando não está escrevendo?
Sou uma leitora voraz, uma alucinada por séries, alguém que adora estar em uma mesa de bar cercada de amigos, mãe, esposa e jornalista (se bem que como jornalista também estou sempre escrevendo).


Que mensagem gostaria de deixar para os leitores?

Eu nunca sei exatamente o que dizer para os leitores, não sei se mando mensagens de incentivo a leitura ou de agradecimento. Então vou fazer os dois. Leiam... Leiam sempre e leiam de tudo, deem chance aos autores nacionais, pois quanto mais consumimos o que é nosso, mais a gente fomenta o mercado local. E obrigada por existirem, sem os leitores não teria sentindo nenhum escrever. Vocês são a parte mais importante das nossas histórias e sempre sou grata a cada vez que alguém me manda um recadinho, diz que me leu ou pensa em me ler. Obrigada!


Bate e Volta

Uma palavra?
Empatia.

Um sentimento?
Saudade.

Família é?
As pessoas especiais que cumprem uma jornada com você.

Uma qualidade?
Lealdade.

Um defeito?
Controlar tudo.

Uma Comida?
Arroz, bife e batata frita.

Um livro?
Cem anos de solidão.

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