Precisamos Falar Sobre Abuso Infantil


O abuso infantil pode assumir diferentes formas. Abuso psicológico, físico, sexual e até mesmo abandono e negligência. Sabemos da grande dificuldade e o desafio que a vítima precisa enfrentar para conseguir finalmente denunciar o abusador, se para os adultos essa muitas vezes já é uma missão que pode levar, dias, meses e até anos, imagina para as crianças, que em muitos casos não sabe o que aconteceu ou está acontecendo.

Agora, mais do que nunca, precisamos falar sobre abuso e falaremos sobre ele, para identificar, denunciar e ajudar nossas crianças e adolescentes.

ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL



O abuso sexual  é a atividade sexual não desejada. Ocorre quando o agressor usa a força ou ameaça uma criança ou adolescente para obter satisfação sexual, incluindo desde carícias, manipulação dos genitais, mama ou ânus, voyeurismo, exibicionismo ou até o ato sexual com ou sem penetração. Pode acontecer independente de raça, cor, religião ou classe social.

Já a exploração sexual ocorre sobretudo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis e é caracterizada por uma relação comercial. Consiste em usar a criança ou adolescente como forma de ganhar dinheiro ou qualquer outro benefício. Oferecendo o menor como uma mercadoria de satisfação sexual. Expressa-se como: Prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual.

Um estudo divulgado em junho de 2018 pelo Ministério da Saúde mostra que a maioria dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorre dentro de casa e os agressores são pessoas do convívio das vítimas. A maioria das violências é praticada mais de uma vez.

ABUSO PSICOLÓGICO



O abuso psicológico contra crianças e adolescentes pode ser difícil de mensurar, pois diferente do abuso físico ele não deixa rastros aparentes. Pode aparecer em formas de ameaças, linguagem pejorativa, chantagem, humilhação, atitudes que provoquem sentimentos de inferioridade, intimidação e até mesmo agressão ética e moral.

ABUSO FÍSICO


Esse tipo de abuso é o mais conhecido. Inclui qualquer ação que venha a causar danos corporais, ou seja, socos, bater, chutes, atingir com objetos, arranhão, queimaduras, cortes e até situações de tortura nos casos mais graves.  Vale ressaltar que tais ações mesmo que “não intencionais” são consideradas abusivas. Em geral ocorre principalmente por parte dos pais, principalmente por consequências como alcoolismo e
consumo de drogas.

ABANDONO OU NEGLIGÊNCIA



Caracteriza-se por deixar de fornecer elementos essenciais ao desenvolvimento infantil.
Deixar de alimentar, oferecer suporte médico, emocional, deixar de prover educação, abrigo e supervisão ao menor. Em caso de doenças físicas ou mentais deixar de fornecer o tratamento necessário. Até mesmo o abandono completo da criança, seja por abandonar a criança em algum lugar ou por simplesmente ir embora de casa e deixar o menor sozinho.


UM TIPO DE ABUSO NÃO EXCLUI O OUTRO
É importante destacar que cada tipo de abuso não exclui os outros. Ou seja, uma criança pode sofrer diferentes tipos de abuso ao mesmo tempo. E esses abusos podem ter como origem a mesma pessoa ou diferentes pessoas. E podem ocorrer dentro e fora do seio familiar.

SEQUELAS
Qualquer tipo de abuso é devastador e indefensável. As sequelas são imensuráveis e vão desde ansiedade, depressão, baixa autoestima, sintomas de estresse pós-traumático até mesmo tendências suicidas.


CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE ESTÃO OU JÁ SOFRERAM ALGUM TIPO
DE ABUSO SEMPRE APRESENTAM SINAIS, PRECISAMOS ESTAR ATENTOS.

♦ Medo repentino de algo ou alguém em particular;
♦Choro excessivo quando em contato com determinada pessoa;
♦Mudanças repentinas e drásticas de personalidade (uma criança normalmente
extrovertida passa a ser submissa e passiva, uma criança geralmente meiga passa a ter
comportamento agressivo);
♦ Medo de ficar sozinha ou separada dos pais (principalmente quando na presença de um
suposto agressor);
♦ Tornar-se mais quieta ou parar de se comunicar quase por completo;
♦ Medo de tirar a roupa;
♦ Aparecimento de queimaduras, roxos, cortes ou outras lesões sem origem explicável ou
em locais menos comuns.
♦ Dor, coceira, sangramento na genitália ou região próxima. Dificuldade de andar, sentar
♦ Estresse emocional;
♦ Auto mutilar-se;
♦ Apresentar sinais de regressão (voltar a fazer xixi na cama, chupar bico, falar como
bebê);
♦ Dificuldade de dormir e/ou ter pesadelos com maior frequência;
♦ Interesse excessivo em sexualidade ou apresentar comportamento hipersexualizado;
♦ Dificuldade em se relacionar/brincar com outras crianças;

AJUDE! DENUNCIE!
Se você suspeitar que alguma criança ou adolescente precisa de ajuda, entre em contato com o Conselho Tutelar mais próximo ou disque 100 – Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A ligação é gratuita e não é necessário se identificar.

Constituição da República Federativa do Brasil – 1988 Art. 227- “É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.



Precisamos mudar essa história.


Já sofreu Abuso Infantil ou conhece alguém que já passou por isso?Conte-nos sua história.

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